Catadores ficam sem acesso ao material da Coleta Seletiva

A Prefeitura de São Paulo cortou a parceria que tinha com 27 grupos de Catadores de Materiais Recicláveis na triagem e destinação correta do resíduos sólidos do programa de Coleta Seletiva da Cidade. Há cerca de um mês 750 famílias tiveram sua renda retirada e estão em situação de vulnerabilidade social, pois a triagem e venda desses materiais era sua principal fonte de renda.

A Amlurb, autarquia responsável pelos resíduos, alega falta de documentação das cooperativas e associações que não conseguiram cumprir todos os requizitos obrigatórios do ultimo edital de habilitação. Para conseguir estabelecer parceria formal com o município é solicitado uma gama de documentos, como certidões de tributos, plano de trabalho, atas e diversos documentos com registro em cartório que geram custos para as organizações de Catadores. Além disso, é requisitado que seja realizado cadastro organização da sociedade civil, que requer outro volume de documentos.

Sem a mão de obra gratuita dos grupos atingidos pela burocracia municipal, cerca de 2 mil toneladas de materiais recicláveis por mês estão deixando de serem destinadas para a industria e sendo enterradas.

Hoje o programa de coleta seletiva é tocado por apenas 22 cooperativas e associações que tiveram seus contratos renovados por mais 6 meses, no entanto, muitas correm o risco de perder a parceria ao fim desse prazo, já que uma parte tem os mesmo problemas de documentação das demais desabilitadas

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